Atual fase do Brasil no UFC é preocupante.
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Acervo: Evilázio Feitoza (atleta Yuri Dantas).

Em 2018 o Brasil soma resultados positivos e vitórias, mas o fato de existir uma escassez de sucessos em lutas principais pesa muito. Luta principal é luta principal. É a mais esperada, a mais vista, a que mais repercute. Logo, resultados positivos em card preliminar ou nas primeiras lutas do principal não causam o mesmo impacto que o de uma luta principal. Justiça seja feita, Amanda Nunes e Cris Cyborg são nossas campeãs na maior organização de MMA do mundo. E temos também jovens talentos em ascensão em suas categorias. Seria o caso de Paulo Costa (Borrachinha)? Vale a torcida para que, de fato, um novo astro brasileiro no UFC possa estar a caminho. O caso é urgente.

Por volta de 2011, quando a grande mídia passou a transmitir os eventos do UFC durante a madrugada, pareceu que mais uma receita de sucesso aconteceria entre um esporte dominado pelo Brasil e uma boa transmissão. Os brasileiros estavam voando no MMA e colecionando cinturões. Nessa época, Anderson Silva defendia o cinturão com facilidade arrasando os adversários no peso médio, José Aldo era o incontestável campeão dos peso-pena, Junior Cigano dos Santos se tornaria dono do cinturão dos peso-pesado e Renan Barão viria a ser campeão interino da categoria peso-galo no ano seguinte. O Brasil teve, ao mesmo tempo, quatro cinturões dos oito existentes. Além disso, também era perceptível a participação de Vitor Belfort, Wanderlei Silva, Fabrício Werdum, Lyoto Machida, Rafael dos Anjos, Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. Faziam lutas regulares e importantes, e eram sempre especulados para a luta pelo cinturão de suas categorias.

Mestre Evilázio Feitoza comenta

Na minha análise está tendo uma “queima de talentos” no MMA. Alguns treinadores de equipes se precipitam na estreia dos jovens lutadores em eventos de grande porte e de elevado nível técnico. Por exemplo: Não se pode avançar etapas no futebol, um jovem jogador quando é vendido para os grandes clubes das grandes ligas ainda passam por um período de adaptação antes de jogarem uma partida inteira. A forma de tentar se igualar e superar os problemas da falta de estrutura na formação de jovens talentos em nosso país seria então promover mais lutas amadoras! Acredito que assim os atletas conseguiriam gradativamente superar o nível dos futuros adversários e dominar com mais naturalidade a pressão depois de derrotas. Hoje os atletas da considerada “nova geração” chegam mais rápido para o MMA, não precisando passar por período de adaptação em outras modalidades, como por exemplo o atleta de jiu-jitsu que teve que amadurecer sua forma de lutar em pé.

Evilázio finaliza comentando sobre o problema de infraestrutura para os atletas no Brasil. “A infraestrutura pesa muito, e os atletas tem poucos recursos para treino e pouco investimento na carreira. Eles em sua maioria têm que acabar indo para os EUA para conseguir o treinamento em alto nível”.

Dados complementares: terra.com.br

Assessoria de Imprensa Fighter Sport/Evilázio Feitoza: Léo Capibaribe